Quero ter um lugar onde guardar pensamentos. Também que esse lugar seja acessível. Público? Sim, mas não chamando atenção a qualquer custo. Dizem que é preciso escrever tendo um público em mente. Penso em primeiro lugar nas pessoas que se interessam pelos assuntos que vou abordar com mais frequência: arte, teologia, cultura, filosofia. Provavelmente não vou escrever sobre futebol por escrever. Embora possa tratar de futebol se a metáfora for válida ou se for relevante pra algo mais próximo do meu interesse. Esse público mais identificado comigo, minha bolha, meus amigos, vai encontrar ressonâncias, descobrir-se de algum modo acompanhado.

O segundo público que imagino é composto de pessoas que não concordam com meus pontos de vista necessariamente, e talvez nem se interessem pelos assuntos que me interessam, mas buscam interlocutores pra uma conversa genuína sobre o diferente. Pode ser curiosidade pra descobrir o que o outro pensa, pode ser a saudável necessidade de confrontação para avançar nas próprias ideias. Também me interessa conversar por estes motivos, desde que haja abertura e respeito.

Outra intenção daqui é guardar também desenhos, pinturas, músicas, além dos textos. Quero que estas coisas que faço estejam de algum modo no mundo. Já me divirto há muito tempo com elas dentro de mim e me interessa agora a partilha. O porquê é assunto para um próximo post.

Acaba sendo um espaço de intimidade, onde muito do que fica normalmente reservado para poucos se torna um pouco público. Por isso quero usar a imagem de uma casa como analogia. Quero receber quem visita como recebo um amigo em casa. Que se sinta bem, a vontade, acolhido. Que possa ter liberdade de se expressar, e que nossa relação assim cresça em benefício mútuo. E se não puder ou não quiser ficar muito, que pelo menos se vá em paz.

Até a próxima!

---

Te convido a conhecer um pouco mais sobre este que vos escreve acessando a página O autor. Para responder a este post ou me escrever sobre algum outro assunto, me mande um email.